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O Espiritismo é uma doutrina filosófica-científica de fundo moral, que resgata a essência do Evangelho de Jesus. É considerada como a Terceira Revelação, sustentando-se sobre as duas primeiras, trazidas por Moisés (o decálogo) e Jesus (a sua Boa Nova), respectivamente. Embora o conteúdo moral da doutrina espírita seja equivalente aos ensinamentos contidos na Bíblia, as inserções e adulterações que ocorreram nos relatos originais dos apóstolos, dificultam a sua compreensão, e em alguns casos, causam dúvidas de que certos acontecimentos e citações atribuídas a Jesus, são de fato verídicos. Contudo, Jesus, sabia que isso iria ocorrer, e profetizou a sua volta (Mateus, 24), trazendo o consolador (João, 14:26), a fim de recordar os seus ensinamentos e expandi-los, esclarecendo melhor algumas questões que na época, pelas limitações do conhecimento humano, seria inoportuno. Assim, através das revelações dos Espíritos obtidas através de vários médiuns, Allan Kardec codificou o Espiritismo no século IXX, e existem milhares de obras sobre esse assunto, esclarecendo a origem da vida, as causas para o sofrimento humano e o nosso destino. Sem a pretensão de exterminar as outras crenças religiosas, tem por objetivo colaborar com todas elas na iluminação espiritual do homem. Em sua análise, o Espírito Emmanuel (XAVIER, F. C. O Consolador, cap. Definição), cita que é na doutrina espírita que “repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual.”

Entretanto, o Espiritismo difere das religiões tradicionais (institucionalizadas), estruturadas com base em rituais, sacramentos, dogmas religiosos e classes sacerdotais, sendo destituída de qualquer aparato misterioso ou de conotação mística. Mas é uma religião no aspecto de aproximar o homem de Deus, por meio de uma conduta ética e honesta, conforme os ensinamentos de Jesus, colocando a prática da caridade acima de qualquer virtude, conforme sugerida pelo apóstolo Paulo (1 Coríntios, 13:1-13). É uma doutrina que estimula o desenvolvimento da autocrítica, necessária para realizarmos a reforma moral íntima, única forma de evoluirmos espiritualmente. Por isso, de forma explícita, Deolindo Amorin (O Espiritismo e os Problemas Humanos, cap. Definição e Opção), afirma que “o Espiritismo é, para nós, uma filosofia de vida, não é simplesmente uma crença”, e na visão de Allan Kardec (O Livro dos Médiuns, Primeira Parte, Capítulo III, item 24), “o Espiritismo repousa sobre as bases fundamentais da Religião e respeita todas as crenças; que um de seus efeitos é incutir sentimentos religiosos nos que os não possuem, fortalecê-los nos que os tenham vacilantes.”

O Mestre Nazareno aguardou o momento propício, quando a sociedade atingiu um nível capaz de assimilar as novas revelações do Alto, justamente quando a Terra, se encontra em trânsito de um final de ciclo evolutivo, deixando de ser um mundo de provas e expiações e se elevando a categoria de mundo de transição, onde irá predominar a ação dos homens bons. Entretanto, até que esse processo seja concluído, as dores atingem a sociedade de forma mais acentuada, conforme profetizado por Jesus (Mateus, 24), e confirmado pelo apóstolo João na ilha de Patmos (Apocalipse). Esse açodar das dores é necessário, atuando como o elemento catalisador na separação “dos bodes e das ovelhas” (Mateus 25:32-35), ou seja, os indivíduos que após a sua desencarnação serão exilados para um mundo inferior, daqueles que terão autorização para continuarem a sua jornada evolutiva na Terra. Isso está ocorrendo, conforme o salmista Davi: "Mas os mansos herdarão a terra e terão alegria na abundância de paz" (Salmos, 37:11), e confirmado por Jesus: "Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra". (Mateus 5:5).

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