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Antes de chegar a Jerusalém para a páscoa judaica, Jesus esteve em Betânia onde conforme as escrituras “ressuscitou” Lázaro que se encontrava morto dentro de uma sepultura escavada na pedra (João, 11:1-57). Sabemos pelo Espiritismo que na verdade Lázaro não havia morrido, mas estava em “sono” cataléptico. 

Hoje a medicina moderna tem condições de dizer se um indivíduo se encontra biologicamente morto, mas na época isto não era possível e Lázaro foi sepultado ainda vivo. Isto não diminui o feito do profeta Nazareno pois ele mesmo havia dito que “não havia vindo para desrespeitar a Lei, mas sim, dar-lhe cumprimento” (Mateus, 5:17). Este não teria sido o caso se Lázaro estivesse morto, entrado em processo de decomposição e Jesus o “ressuscitasse”, o que não é aceito pelo Espiritismo. Mas o espírito Joanna de Ângelis (médium, Divaldo P. Franco - Vida: Desafios e Soluções) ressalta um aspecto relevante mencionando que “Lázaro pode acordar do sono da morte porque já estava desperto”. Ou seja, por vivenciar os postulados cristãos Lázaro encontrava-se receptivo para receber a energia doada por Jesus, o que permitiu a ele sair do estado de catalepsia.

Embora haja transcorrido mais de vinte séculos desde o advento do cristianismo, a humanidade na sua grande maioria continua “dormindo” no aspecto espiritual, presa as questões materiais, particularmente a alimentação e o sexo. Este episódio com Lázaro serve como uma lição para recordar que somos espíritos eternos vivenciando uma experiência em um mundo material. De acordo com Allan Kardec (Livros dos Espíritos, questão 459) somos influenciados pelos espíritos à ponto de sermos conduzidos por eles nas nossas decisões. Quando esta influência é exercida pelos bons espíritos (anjos de guarda), eles fazem tudo que seja permitido a nosso favor, procurando nos conduzir para uma vida saudável e feliz. Mas em respeito ao nosso livre arbítrio, só podem entrar em sintonia metal quando são “convidados” pelos nossos pensamentos, motivo pelo qual devemos “acordar” a nossa espiritualidade de modo a fortalecer esta aproximação com os espíritos benfazejos, permitindo que as nossas decisões possam ser as mais coerentes com as nossas necessidades reais. O contrário poderá ocorrer e sermos prejudicados se tivermos uma vida dissoluta e emitirmos pensamentos negativos, atraindo para junto de nós espíritos enfermos que vibram nesta faixa mental e irão nos conduzir para ações pouco edificantes.

Apenas no nosso planeta, temos na crosta planetária cerca de 7,8 bilhões de indivíduos e a população dos espíritos na erraticidade está acima dos 20 bilhões. Permanecemos mais tempo no mundo espiritual do que aqui na Terra como encarnados. Em ambos os planos trabalhamos e estudamos, nos preparando com antecedência para uma nova reencarnação, com o objetivo de nos tornarmos espíritos puros. A marcha ascensional de nossa evolução intelecto-moral nunca retrograda e sempre reencarnamos de acordo com as nossas necessidades evolutivas que aprimoram as nossas virtudes e permite o ressarcimento de equívocos pretéritos pois ninguém ascende às esferas elevadas com débitos na retaguarda.

O esquecimento do passado funciona a nosso favor, pois ao reencontrar antigos inimigos travestidos na nova roupagem carnal, no nosso círculo de relação social ou dentro da nossa família, não nos lembramos das faltas passadas ficando mais fácil esta aproximação para o perdão e/ou reparação. Temos a necessidade de realizar a nossa reforma moral íntima e para isto a sintonia com os espíritos superiores é fundamental. Retardar a vivência cristã pode significar a perpetuação num ciclo doloroso de provas e expiações. Que o episódio de Lázaro (salvo por estar desperto para a vida espiritual) nos estimule ao estudo do Espiritismo, fortalecendo a nossa fé em Deus e na superação das ilusões que o mundo costuma apresentar.

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